segunda-feira, dezembro 29, 2008
sexta-feira, julho 11, 2008
A carvão
Tenho o prazer de mostrar alguns desenhos a carvão, feitos pelas alturas em que eu ainda era estudante das Belas-Artes. Nunca tinha usado carvão até à faculdade, e foi uma bela descoberta.
Auto-retrato do segundo ano - que foi também o ano das aulas de modelo nu. Foi das disciplinas que gostei mais, e onde comecei a usar muito o carvão. Tínhamos um modelo que era um xuxu de pessoa : muito simpático, e com paciência infinita lá ficava ele quietinho em pelota, para vinte e tal alunos poderem desenhar o seu corpinho escultural...
sábado, março 22, 2008
A Alforreca - parte VIII
Voltando a terra o macaco saltou para a árvore com uma ligeireza nunca vista.
Procurou entre as folhas, não encontrou. Explicou então à alforreca que algum companheiro o levara para longe o que o obrigava a demorar-se em pesquisas; no entretanto que fosse ella contar o caso ao seu senhor; que devia estar ansioso por vê-la chegar antes da noite.
Assim procedeu o bicho.
El-Rei, que a esperava e que a escutou, enraivecido por tamanha ingenuidade, para não lhe chamar coisa mais feia, ordenou que malhassem no bicho à pancada.

Procurou entre as folhas, não encontrou. Explicou então à alforreca que algum companheiro o levara para longe o que o obrigava a demorar-se em pesquisas; no entretanto que fosse ella contar o caso ao seu senhor; que devia estar ansioso por vê-la chegar antes da noite.
Assim procedeu o bicho.
El-Rei, que a esperava e que a escutou, enraivecido por tamanha ingenuidade, para não lhe chamar coisa mais feia, ordenou que malhassem no bicho à pancada.

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quarta-feira, março 19, 2008
A Alforreca - parte VII

Então o mono, disse cortezmente, que era uma alta honra o assim tornar-se util a sua magestade; acrescentou porem, que agora se lembrava de ter deixado o figado dependurado n'um tronco de árvore.
Explicou como o figado era uma coisa bastante pesada, um empecilho que elle costumava pôr de parte; habitos de familia, já o seu avô fazia o mesmo; e concluiu que era melhor voltarem para trás.
Não pôs objecções a nadadora.
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sexta-feira, março 14, 2008
A alforreca - parte VI

- Que pensa você que vão fazer de mim na sua terra?
A alforreca deveria agora ser discreta, encapotar as respostas em evasias, mas oiçam lá o que ella deu em troco:
- Eu lhe digo: meu rei ordena ao senhor macaco que arranque o proprio figado, o qual vae ser servido à nossa soberana enferma e salvá-la da morte.
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terça-feira, março 11, 2008
A alforreca - parte V

Não tarda muito a abeirar-se do paiz onde vivem os macacos; por felicidade, além está, um lindo mono, num ramo.
- Bons dias senhor macaco. Eu venho aqui expressamente falar-lhe d'um paiz longinquo, muito mais bello do que o seu, situado além das ondas. Alli não há estações. É a terra da amenidade do clima; alli constantemente amadurecem aveludados fructos saborosos nas copas das árvores repolhudas.
O macaco achou gracioso isso de ver novos paizes.
- Ao largo amiga!
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domingo, março 02, 2008
A Alforreca - parte IV

Por aquelles tempos, a alforreca, como qualquer bicho das águas, era um animal gracioso, de contornos esbeltos, com cabecinha, olhinhos, mãosinhas e com a competente cauda titilante; lá vae, oceano fóra...
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A Alforreca - parte III

Mas nem os dragões escapam às duras provações da existência!
Ainda nem um mês se passara, quando a augusta soberana caiu doente.
Reuniram-se os doutores em conferência, que tiveram de ser francos, de declarar que a sciencia - já n'aquella epoca se enchia a bocca com a sciencia - que a sciencia nada mais podia fazer e que um angustioso desfecho era de esperar-se.
Do seu leito de enferma, agita as tremulas patinhas a rainha, que diz:
- Uma só coisa me salvará: arranquem o figado a um macaco vivo e consintam que o devore; recuperarei a saúde...
- Estás louca minha querida! - Não poude reprimir o rei.
- No figado do mono alguma coisa virá, alguma particula estranha, senhor, que me salvaria!
Julgava merecer-lhe meus affectos. Dê a coroa a outra espousa, consita que volva ao ninho de meus paes... - sufocava-se em soluços, a rainha.
O rei dos dragões não queria passar entre as damas, por um dragão cruel. Satisfaça-se pois o capricho da rainha.
Mandou chamar a sua escrava mais fiel e dedicada, a alforreca, e confiou-lhe a espinhosa tarefa.
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domingo, fevereiro 24, 2008
A Alforreca - parte II

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sexta-feira, fevereiro 22, 2008
A alforreca - parte I

Falla a lenda japoneza.
Antigamente - e quem sabe se ainda hoje! - no seio do oceano era o reino faustoso dos dragões.
Um bello dia, resolveu casar-se o bom soberano desse reino. A noiva escolhida foi uma jovem dragôazita de dezesseis anos apenas, adorável, digna pelos seus mil encantos do ser consorte feliz de tal senhor.
Wenceslau de Moraes, A Alforreca
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domingo, fevereiro 10, 2008
A Alforreca

É uma boa teoria para explicar porque é que a alforreca é o bicho gelatinoso que se vê hoje em dia!
próximos capitulos a não perder....
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sábado, fevereiro 09, 2008
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